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MAGDALENA CAMARGO LEMIESZEK
polonesa-panamenha nascida em 1 de julho de 1987 em Szczecin , Polônia . Obteve o Diploma em Criação Literária da Universidade Tecnológica do Panamá em 2007. Ministrou oficinas literárias infantis e dirigiu oficinas literárias e publicações na editora artesanal Diablo Rojo Cartonera.
Editou várias revistas no Panamá. Atualmente, está estudando Língua e Literatura Espanhola na Universidade do Panamá.
Conquistou o Prêmio Nacional de Poesia Jovem Gustavo Batista Cedeño em 2008 com sua coleção de poemas Malos hábitos; em 2012, com a coleção de poemas El espejo sin imagen e, em 2018, com a coleção de poemas El camino preciso hacia el nada.
Além disso, obteve um segundo prêmio no Prêmio Adonáis de Poesia 2015 por sua coleção de poemas La doncella sin manos.
Biografia: wikipedia
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
POESÍA DE PANAMÁ. Edición bilingüe con las versiones rusas de Pável Grushko. Ciudad de Panamá: Universidad de Panamá, 2015. 170 p. 21x27 cm. Cubierta: Pintura de Anna Goncharova “Luna Nueva”. Tapa dura, sobretapa. Tiraje: 1800 ejemplares. Impresso en Colombia pro Prensa Moderna.
Ex./Ej. Bibl. Antonio Miranda
CASA DE LA PALABRA
Dijeron que yo estaba vacía
que no había en mi cuerpo la voz del mar
—cuando amanece—
yo estaba hueca como una pipa en la orilla
con el corazón drenado de todas sus aguas para siempre.
Dijeron también que no había polvo en mi mano
ni flores naciéndome del pecho
ni pájaros construyendo sus nidos en mis ojos
pero no era cierto
porque nací con la palabra habitándome hasta la asfixia
y así, sin siquiera darme cuenta,
hacinados en el calor de mis corredores
llevo todos los signos de la tierra.
PESCANDO
a M.
Tus manos sobre mi pecho
se aferran como redes.
¿Qué has pescado?
Un par de caracoles fríos por el miedo
esconden peces vivos en la arena.
Ahí abajo,
corre la sal por los aires,
a la espera de sus olas.
NUBLADO
Abro
los cofres
de
la
lluvia
para
sepultar
ahí
mis
ojos.
MEMORIAS
Tokio despierta
y su corazón tiembla:
cae la estrella.
Fussa, 7 de enero de 2003
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
CASA DA PALAVRA
Disseram que eu estava vazia
que não havia em meu corpo a voz do mar
—quando amanhece—
eu estava oca como um cachimbo na costa
com o coração drenado de todas suas águas para sempre.
Disseram também que não havia pó na minha mão
nem flores nascendo do meu peito
nem pássaros construindo seus ninhos em meus olhos
mas não é verdade
porque nasci com a palavra habitando-me até a asfixia
e assim, sem mesmo dar-me conta,
empilhados no calor de meus corredores
levo todos os signos da tierra.
PESCANDO
a M.
Tuas mãos sobre o meu peito
se aferram como redes.
Qué pescaste?
Um par de caracóis frios pelo medo
escondem peixes vivos na areia.
Ali embaixo,
corre o sal pelos ares,
à espera de sus ondas.
NUBLADO
Abro
os cofres
da
lluvia
para
sepultar
aí
meus
olhos.
MEMÓRIAS
Tóquio desperta
e seu coração treme:
cai z estrela.
Fussa, 7 de janeiro de 2003
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Página publicada em setembro de 2021
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